Após o Divórcio Tornei-me a Neta do Homem Mais Rico do Mundo by Castanha
Após o Divórcio Tornei-me a Neta do Homem Mais Rico do Mundo Capítulo 8

Capítulo 8 Eu Tenho Algo Com o Sr. Henrique

Jasmim estava relutante, já havia pedido demissão e não tinha a responsabilidade de cuidar dessas coisas. Além disso, o tom de voz quase imperativo de Agatha a deixou bastante desconfortável. No entanto, ao lembrar que ainda tinha algo com Henrique, ela pensou que essa seria provavelmente a última vez que teria que fazer esse tipo de tarefa. Seria uma oportunidade para perguntar sobre o objeto enquanto lhe entregava o café.

Respirou fundo, como sinal de consentimento.

– Tudo bem, eu entendi.

– Obrigada. – Disse Agatha, saindo em seguida.

Agatha, agora grávida, exibia um brilho maternal, mas ainda mantinha a confiança e o glamour de uma herdeira de uma família rica, contrastando com Jasmim. Antes, ela ofuscava Agatha sob o brilho da mesma herança familiar. Alguns anos se passaram e agora ela parecia uma galinha desgarrada.

Esse abismo entre suas vidas a fez estagnar por um momento. Depois, guardou todas as emoções, saiu do banheiro e foi para a copa fazer o café. Henrique gostava do café com três partes de açúcar mascavo e uma parte de leite.

No meio do caminho, notou que a reunião já tinha terminado. As pessoas saíam da sala de reuniões aos poucos, e ela não viu Henrique. Entendeu que ele provavelmente já estava em seu escritório.

Jasmim foi direto ao escritório do presidente, café em mãos, e bateu na porta.

– Entre. – A voz que respondeu não era o tom frio de Henrique, mas o som doce e fraco de Agatha.

O café quase se esparramou da xícara nas mãos de Jasmim.

Lutou por um momento antes de reunir a coragem para abrir a porta do escritório. No instante em que a porta se abriu, viu Agatha abraçando o pescoço de Henrique, sentada em seu colo.

Mesmo estando preparada, a visão repentina dessa cena fez com que o emocional de Jasmim quase não se estabilizasse, e seu coração doeu como se fosse parar de bater.

Pega de surpresa, Agatha parecia um pouco envergonhada.

– Deixe aí e pode sair. – Disse Agatha, em um tom suave que trouxe Jasmim de volta à realidade.

Jasmim levantou lentamente a cabeça e, mantendo uma certa distância, encontrou o olhar fixo de Henrique. O frio que emanava daqueles olhos parecia capaz de engoli-la instantaneamente.

Naquele momento, seu instinto lhe dizia que aquilo era intencional da parte dele.

Ele não estava alheio ao motivo de sua presença ali, mas ainda permitiu que ela presenciasse aquela cena embaraçosa.

– Jasmim?

Ao perceber que ela não respondia, Agatha lançou-lhe um olhar.

Jasmim deu um aceno breve, colocou o café sobre a mesa e se virou para sair, quase como se estivesse fugindo. No entanto, após apenas alguns passos, ela parou abruptamente.

Ouvindo os sons sugestivos vindos de trás, sua mente foi inundada pelas imagens de Henrique e Agatha trocando carícias íntimas.

Suas pernas tremiam, e ela fazia um esforço monumental para se manter de pé.

Era evidente que sua presença incomodava Agatha, como se estivesse interrompendo algum “assunto importante” entre ela e Henrique.

– Jasmim, tem mais alguma coisa?

– Eu… – Ela reuniu coragem para se virar novamente. – Há algo muito importante que deixei com o Sr. Henrique. Peço que ele devolva.

O ar no espaçoso escritório de duzentos metros quadrados tornou-se gelado num instante.

Pilhas de documentos cobriam a mesa, mas não podiam ocultar a cena no couro da cadeira. Um homem com uma camisa branca desabotoada revelava marcas de beijo avermelhadas no pescoço, tornando seu olhar ainda mais perturbador.

– Ah? O que seria? – Agatha ficou curiosa ao ouvi-la e apertou mais o braço de Henrique. – Henrique, por que você está segurando algo de uma secretária?

– É algo irrelevante.

Henrique puxou o braço pequeno de Agatha, mantendo-a presa contra si. Aos olhos de Jasmim, os corpos dos dois estavam pressionados um contra o outro de forma muito íntima.

Ela apertou os lábios e permaneceu em silêncio, seu coração sangrando, até que Henrique olhou para ela como se ela fosse uma estranha.

– Você pode sair agora.

Suas palavras eram severas e ameaçadoras.

Parecia que ele não tinha nenhuma intenção de devolver sua identidade tão facilmente.

– É o meu documento de identidade. – Aproveitando a presença de Agatha, ela falou diretamente. – Na verdade, já pedi demissão do Grupo Lopes, mas o Sr. Henrique está retendo minha identidade. Isso me faz questionar se ele tem alguma outra intenção comigo. O Grupo Lopes tem muitos talentos; não há necessidade de recorrer a táticas tão baixas com uma mera secretária como eu.

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