Caminho Traçado: Meu bebê é filho do CEO by Célia Oliveira -
Caminho Traçado Meu bebê é filho do CEO by Célia Oliveira Capítulo 210
Capítulo 0210
Ao chegar no hospital, Charlotte já foi encaminhada para a sala de raio–x, onde acabaram notando um pequeno nódulo na cabeça.
Iremos fazer uma ressonância para ver com mais detalhe do que se trata o nódulo que apareceu no raio–x – disse o médico a Ethan.
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– Isso vai demorar muito? – Perguntou, olhando as horas no relógio.
Eu não sei dizer, senhor. Para termos mais exatidão do que está acontecendo
com a paciente, é melhor não termos pressa ao dizer o diagnóstico.
Acha que vai demorar para ela acordar?
Tudo indica que não, mas, por via das dúvidas, o senhor ficará ao seu lado.
Não posso ficar, tenho que ir para casa
―
explicou. Por gentileza, entrem
em contato e informem–me quando ela acordar, para que eu esteja por dentro do que está acontecendo.
―
Não pode sair do hospital, com a paciente desacordada disse o médico.
Mas eu não posso ficar aqui.
Então sugiro que arrume outra pessoa para acompanhá–la, porque enquanto a paciente estiver assim, não poderá ficar sem um acompanhante. É regra do hospital. Quando o novo acompanhante chegar, o senhor poderá ir para casa.
—
Mas eu não conheço nenhum familiar dela para contatar.
Então, o melhor é esperá–la acordar e dizer o nome de alguém de confiança. A paciente logo chegará no quarto, enquanto isso, pode esperar aqui. – Disse o médico, saindo dali.
Impaciente com aquela situação, sentou–se numa cadeira que havia ali e começou a pensar no que poderia fazer.
Olhando ao redor do quarto, avistou a mesinha de cabeceira, ao lado da cama onde provavelmente Charlotte ficaria, e avistou a sua bolsa.
Ethan sabia que era errado mexer nas coisas pessoais dela, mas se justificou, por ver que a situação era necessária. Abrindo a bolsa dela, achou o seu celular.
Por coincidência ou não, no celular dela não havia nenhuma senha, então foi fácil desbloquear. Mas recebeu o primeiro choque, quando avistou a tela principal. Havia uma foto dos dois juntos, segurando a foto do ultrassom de Matteo.
NOS
Ver aquela foto lhe causou alguns sentimentos estranhos, porque acabou se lembrando de um tempo e ambiente que a sua mente se forçava a esquecer.
Os dois estavam sentados na pequena cama de casal, que dormiam quando moravam na casa dela. Tudo era simples, mas os dois sorriam com a maior felicidade, demonstrando o quanto havia amor ali.
Com um nó na garganta, Ethan deixou aquilo de lado e foi procurar pela agenda telefônica, onde esperava encontrar o número de algum familiar que poderia contatar para vir ficar com ela.
A agenda telefônica de Charlotte era bem pequena. Havia pouquíssimos contatos, como o número de uma farmácia, seu psicólogo e uma terapeuta. Era preocupante ver que, dentre aqueles poucos contatos que havia em seu celular, a maioria era de profissionais que cuidavam de sua saúde mental. Ver aqueles nomes ali o fez perceber que, independente de como as coisas aconteceram, ela também sofria de seu modo.
Rolando mais um pouco a lista e, chegando quase no final, viu o nome do tio, Stuart. Lembrou que já havia ouvido aquele nome em outra ocasião. Aquele era o irmão do pai dela.
Anotando o número do homem, usou seu celular para fazer a ligação.
Contando a Stuart que Charlotte estava no hospital, pediu que ele viesse até Nova York para acompanhar a sobrinha.
Estou no meio de uma viagem a trabalho, mas ligarei para a minha esposa e pedirei que ela vá em meu lugar.
Por favor, faça isso imediatamente, ela não pode ficar sozinha no hospital.
–
—
Não se preocupe, farei isso agora mesmo Stuart respondeu. Só estou preocupado com o que essa menina aprontou. Já fazia alguns dias que ela havia saído de casa, e não avisou a ninguém para onde estava indo.
Não pense demais, senhor, foi apenas um acidente.
—
–
Será que foi mesmo? Questionou. — Às vezes, eu desconfio. Não sei se você reparou, mas os pulsos dela são marcados.
Como sempre ficou distante de Charlotte, evitando contato visual, nunca havia reparado no que o homem disse. Apesar de que todas às vezes que ela apareceu para conversarem, usava roupas de manga longa.
Ela já tentou contra a própria vida? – Perguntou preocupado.
Não diretamente, mas já a internamos uma vez por conta de excesso de
remédios
+15 BONOS
explicou. Tentamos questioná–la, mas sempre negou, dizendo que não fez aquilo porque quis. Mas, pelo tanto de remédio que os médicos passam para ela, não duvido muito, sabe? Essa menina anda muito sozinha desde que o pai morreu. Fico com pena dela, mas é difícil ajudar uma pessoa que não confia em nós. Somos a única família que lhe resta, mesmo assim, parece
que a Charlotte quer nos afastar, como se quisesse sofrer sozinha.
– Bem, vamos tratar uma coisa de cada de uma vez esposa chegue quanto antes.
–
pediu. Espero que a sua
Ao desligar o telefone, a porta do quarto foi aberta e Charlotte foi transportada para o quarto.
– Daqui a pouco o médico virá conversar com o senhor, por favor, nos chame se precisar de alguma coisa.
Charlotte foi colocada na cama, já vestida a roupa hospitalar. Os maqueiros saíram, deixando–os a sós. Ethan se aproximou dela, notando as marcas de cortes em seu pulso. Vendo–a naquele estado, desacordada, sentiu pena de tudo o que aconteceu. Cada um seguiu a vida de um modo, o que não podia dizer era que nenhum deles havia sofrido.
Desde que chegou no hospital, já haviam se passado mais de cinco horas, e pela localização da tia de Charlotte, percebeu que duraria umas sete horas até que a mulher chegasse a Nova York.
Estava preocupado com o que havia acontecido com ela, mas sabia que Rafaela também estava lhe esperando para receber uma explicação. Então, resolveu lhe ligar para contar o motivo de sua demora.
Em menos de dois toques, Rafaela atendeu o telefone. (3
Ao contrário do que esperava, ela não atendeu com o tom de voz alegre, do jeito que sempre fazia, quando recebia uma ligação sua.
―
Você já saiu do trabalho? ele perguntou, tentando puxar.
―
—-
Sua mãe
Estou indo agora para a casa dos seus pais pegar a Ava disse ela. disse que está preparando um jantar, então provável jantarei com eles hoje.
—
Enquanto não aparecer algum
– Tudo bem – respondeu envergonhado. familiar da Charlotte, eu vou ter que ficar aqui a acompanhando, pois ela ainda não acordou.
Houve um pouco de silêncio do outro lado da linha, seguido de um suspiro longo e cansado.
―
Sei como as coisas funcionam no hospital disse ela.
+15 BONOS
―
–
Com certeza, meus pais estranharão a minha ausência comentou. Amor, poderia ocultar o que está acontecendo e inventar outra desculpa para explicar a minha falta?
Outra vez, conseguiu escutar o longo suspiro de descontentamento da noiva.
▬▬
Tudo bem, eu não vou dizer nada ela respondeu.
Obrigada por me compreender. Quando voltar, esclarecerei a você tudo o que está acontecendo, então confie em mim, por favor.
Olha, eu já vou desligar, a Ava deve estar sentindo a minha falta.
Certo, dá um beijo nela por mim. Farei de tudo para estar com vocês logo. Eu te amo, Rafa
disse antes de desligar, contudo, não obteve nenhuma resposta. Ao invés disso, houve apenas o silêncio, antes de a ligação ser encerrada.
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