Capitulo 113

Mirella tinha acabado de colocar uma capa limpa no sofá e o chão da casa estava recém–enxugado.

Ainda bem que ela cuidou da casa hoje. Se acontecesse o contrário, que mico seria receber um visitante tão elegante e distinto num lugar bagunçado,

Eles lam pagar o maior mico.

Quando Mirella viu Daniel ela ficou meio acanhada pela aura imponente e nobre que ele exalava, encolhendo–se sem querer.

Daniel se acomodou no sola, e Mirella fez questão de the servir um chá, colocando a xicara à sua frente com todo cuidado: “Senhor, toma um chazinho. Posso saber seu sobrenome? Quando a Olivia chegar, quero poder dizer a ela quem a visitou.”

Daniel nem tocou no chá, seu olhar profundo e escuro se fixou nela, e com uma voz grave e sedutora, perguntou: “Você e mãe deta?”

“Oh, não, eu sou a tia dela, A Olivia me trouxe do interior para cá recentemente, e estamos morando juntas.” Mirella explicou, na malor simplicidade.

A troca de olhares se intensificou quando Daniel disse: “Você é mãe da Solia.”

“Sabe da nossa Sofia?” Mirella se emocionou, com um misto de tristeza e surpresa nos

“Sim, tivemos uma certa conexão,” respondeu Daniel.

a nos olhos.

Mirella, lembrando de sua filha tão querida, sentia um aperto no coração, seus olhos se encheram de lágrimas: “Não acredito que você se lembra, depois de tanto tempo. Ela nunca teve a chance de me contar que tinha alguém tão especial como amigo. Minha menina partiu tão de repente, tão cedo…”

As lagrimas comiam pelo rosto de Mirella.

Sua filha morreu muito jovem, sem ter tido a oportunidade de compartilhar suas histórias de infância com a mãe, que era sua amiga.com quem ela brincava na lama.

Provavelmente Sofia e este homem se conheceram no jardim de infância. Ele não parecia muito mais velho.Ele deveria ser apenas um garotinho na época também.

Era impressionante que ele ainda se lembrasse dela; memórias tão distantes.

Ao ver Mirella chorando, algo brilhou nos olhos de Daniel. Se ele tivesse levado Sofia naquela noite, ela não teria morrido.

No fundo, ele sentia que tinha falhado com ela.

Daniel estendeu um lenço de papel para Mirella: “Aqueles que se foram, deixaram–nos. Que ela descanse em paz.”

Mirella pegou um lenço e enxugou as lágrimas, pensando que não era apropriado chorar na frente de alguém que acabara de conhecer. Ela recuperou a compostura e perguntou: “Senhor Griera, o senhor está procurando Olivia por alguma razão especifica?”

“Como é a Olivia?” indagou Daniel.

Com orgulho, Mirella respondeu: “A Olivia é muito esforçada e trabalhadora. Ela é quem sustenta a casa toda.”

“Então, vocês sabem o que ela faz no dia a dia, onde ela trabalha?” perguntou Daniel, com um olhar inquisitivo e as sobrancelhas levemente erguidas.

Será que a familia sabia que ela tinha um histórico de pequenos delitos, que seduzia homens para subir na vida, que trabalhava na boate Mundo Nublado para ganhar dinheiro?

Falando sobre Olivia, Mirella expressava tanto orgulho quanto compaixão, com um rosto marcado pelo tempo e cheio de temura:“Ela sempre nos conta sobre seu trabalho. Nos sabemos de onde vem cada centavo que ela ganha. Essa menina passou por muitos problemas desde pequena.“Daniel ouvia com atenção, seu olhar escureceu um pouco mais.

Nesse instante, ouviram–se vozes na entrada. Alguém estava chegando.

Mirella se levantou rapidamente e foi até a porta. Provavelmente era Teresa chegando com as crianças.

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