Capítulo 474

Olivia não quis responder àquela pergunta.

Mais do que ninguém, ela desejava que Gabriel realmente não fosse seu pai.

Desviando o olhar, disse: “Estou um pouco cansada, vou para casa descansar. Obrigada por ter me ajudado.”

Logo, ela se preparou para sair, mas Sergio ficou na frente dela com um olhar preocupado e chelo de carinho: “Deixa que eu te levo.”

Ela preferiu não dizer mais nada, e ele também não insistiu.

Olivia recusou diretamente: “Não precisa, eu posso pegar um táxi.

Ela não podia mais se envolver com Sergio, muito menos se aproximar demais dele.

Já que não havia mais nenhuma chance, era melhor fazer esquecê–lo dessa ideia.

Era para o bem dele.

Ela se virou e caminhou até a calçada para esperar pelo taxi.

“É por causa da minha mãe, não é?” A pergunta de Sergio chegou até os ouvidos dela, vindal

de trás.

Olivia vacilou por um momento, virou–se e notou Sergio se aproximando, sua silhueta magra projetava–se à sua frente, como um irmão mais velho protetor, sereno e imponente.

“Minha mãe foi falar com você, não foi? E disse coisas desagradáveis, certo?” Sergio olhou–a nos olhos, e em seu olhar âmbar, notava–se uma luz sombria de tristeza que brilhava intensamente.

Seus olhos eram lindos, com cilios longos, e brilhavam âmbar sob a luz do sol, suaves como

jade.

Ele tinha um olhar tão carinhoso e apaixonado, que muitas mulheres,não poderiam resistir.

Olivia sempre gostou dos olhos dele, pois cada vez que ele a olhava, era com carinho profundo. Mas as coisas e o mundo haviam mudado.

Não tinha volta.

Ela desviou o olhar e falou: “Não tem nada a ver com outras pessoas, é melhor mantermos distância.”

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“Você quer distância, mas eu não quero,” Sergio disse, abalado.

Olivia já estava emocionalmente abalada, e a insistência de Sergio a deixava ainda mais cansada.

Capitulo 474

“Sergio, quantas vezes vou ter que te explicar que nós dois não temos mais nenhuma chance? A melhor coisa que temos a fazer é sermos apenas amigos.”

“Por que não podemos ter uma chance? Será que é porque você não tem coragem de fugir comigo? Ou é por causa do meu tio?” Sergio segurou seus ombros, fazendo–a se virar para olhar para ele.

Ele sempre acreditou que poderiam voltar a ficar juntos.

Ele desejava trabalhar duro, empreender, se tornar alguém melhor.

Tudo para que, um dia, ter a confiança de se reconciliar com ela e poder oferecer–the uma vida melhor.

Agora que ele havia se tornado essa pessoa melhor, e ainda assim não era possivel ficar junto dela, sentia–se sem suporte, desmoronando, exausto e sem forças.

Vivia como um zumbi.

Não queria mais continuar a viver dessa maneira.

Ela era o seu sangue, sua alma, ele não podia viver sem ela.

Olivia notou a agitação e a tristeza nos olhos de Sergio, e sentindo um leve pânica, teve receio que ele desanimasse da vida.

E temia que ela pudesse ceder.

Afastando a mão dele, ela disse: “Mesmo sem o seu tio, eu não fugiria com você. Você ainda não consegue entender? Desde aquele dia, cinco anos atrás, nunca mais poderiamos estar juntos. Você tem sua vida, eu tenho a minha, não é melhor que cada um viva do seu jeito?”

“Não é bom, nada bom,” Sergio disse com a voz ferida e um olhar de sofrimento. “Todos os dias sem você… são ruins…”

Ele desejava abraçá–la, mas aquele olhar de defesa e resistência tirava dele toda a oportunidade de tocar nela.

Olivia notava o quanto ele estava sofrendo, e isso a machucava.

Ela também sofria.

Ela estava prestes a dizer algo para poder consolá–lo, quando o celular em seu bolso tocou.

Pegando o telefone, ela viu o nome na tela: Daniell

Seu coração disparou e ela ficou muito nervosa.

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