Minha Esposa Muda by Mateus Carvalho -
Capítulo 26
Capítulo 26
Bianca prendeu a respiração, mas não tinha para onde desabafar.
“Flavia, venha aqui.” Thales de repente chamou.
Bianca virou a cabeça para olhar para Flavia, lançando–lhe um olhar fulminante, “Não vá.”
Flavia ficou parada ali, pérdida e desamparada, ela viu o frio nos olhos de Thales e lentamente começou a andar.
Mas Bianca a agarrou de repente, “Já que as coisas chegaram a este ponto, por que você ainda iria lá? Hoje, Thales tem que tomar uma posição, ou se divorcia ou termina com aquela mulher. Com tantas pessoas olhando, você não pode ter um pouco de dignidade?”
Flavia mordeu o lábio, olhando para Thales.
Thales estava com uma expressão grave, sem dizer uma palavra, apenas olhando fixamente para ela.
Sérgio também estava começando a ficar irritado, ele repreendeu em voz baixa: “Bianca, você pode parar com isso? Isso é problema deles, o que tem a ver com você?”
“Flavia é minha amiga, o problema dela é meu! Eu vou me meter até o fim, eles têm que se divorciar hoje…”
“Chega!”
“Plaft-”
Um tapa soou alto no escritório, silenciando todo o ambiente.
Sérgio usou toda sua força naquele tapa, deixando uma marca visível na face de Bianca.
Ela olhou para Sérgio incrédula, cujos olhos também demonstravam raiva pulsante, misturada com uma sutileza de culpa e complexidade.
Flavia também olhava fixamente para Bianca, e após um momento, ela se libertou do aperto de Bianca.
Bianca não falou mais nada, apenas olhou para as costas de Flavia.
Flavia caminhou em direção à porta, chegando diante de Thales, ela levantou o olhar para ele e depois para Rosana, ao lado dele.
Rosana abraçava Thales com força, como se temesse que ele fugisse.
Flavia forçou um sorriso, eles eram o par perfeito, ela era a sobra.
Depois, Flavia passou pelos dois, sem olhar para trás.
Sérgio puxou Bianca para sair, passando por Thales, Bianca disse com um sorriso frio, “Thales, espero que você não se arrependa no futuro.”
A chuva ainda caía lá fora, uma chuva fina, como névoa flutuando sobre a cidade.
Rosana seguia Thales, sem ousar dizer uma palavra, ela podia sentir, Thales estava muito irritado.
Chegando ao estacionamento, Thales de repente parou, “Volte sozinha.”
“Você não vai me levar?” Rosana tentou segurar sua mão, “Vamos para minha casa, eu cozinho para você.”
“Eu tenho coisas a fazer, volta sozinha.” Disse ele, retirando a mão e entrando no seu carro.
Flavia saiu da Ascensão Mística e pegou um ônibus na rua.
Ela não sabia para onde aquele ônibus ia, assim como sua vida, sem direção.
Flavia tocou sua barriga suavemente, olhando pela janela para as imagens turvas lá fora, seu olhar distante.
Não importa quão longe o ônibus vá, ele sempre chegará ao seu destino final.
O motorista olhou para ela várias vezes, com tantos lugares vazios, essa moça ficou de pé do início ao fim.
“Garota, chegamos ao ponto final.”
Flavia voltou a si, agradecendo ao motorista com um aceno de cabeça, e então desceu do ônibus.
Ela estava em um bairro antigo, os prédios não eram altos, apenas com oito ou nove andares, muitas pessoas corriam para lá e para cá com seus guarda–chuvas.
Seu cabelo estava cheio de gotas de chuva, ela caminhou por um bom tempo, parando em frente a uma casa de massas.
Era um pouco mais de quatro dá tarde, e não havia muitas pessoas na loja. O dono, vendo–a em pé lá fora em estado lamentável, chamou–a para entrar.
Flavia gesticulou, indicando que não entraria.
13:04
Capitulo 26
Mas o dono pensou que ela não tinha dinheiro, e com compaixão disse: “Entre, não vou cobrar de você
Uma tigela de sopa de came quente foi colocada à sua frente, ela olhou para o sorriso bondoso do dono, seus lábios se moveram e, finalmente, as lágrimas começaram a cait.
Estranho que ela nunca conheceu podia lhe oferecer calor, enquanto a pessoa mais próxima a feria
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