Capítulo 7

“O que aconteceu?” Thales sentou–se ao lado de Rosana, segurando sua perna para examinar, e viu que o tornozelo já estava inchado.

Rosana resmungou frustrada e virou o rosto, evitando olhá–lo.

Nesse momento, o segurança trouxe as gravações para Thales, entregando–as a ele, “Presidente Duarte, aqui estão as imagens de segurança.”

Ao ver as imagens, a expressão de Thales imediatamente se tornou sombria. Ele já havia visitado o local de trabalho de Flavia e, naturalmente, conhecia Bianca. Claro, ele também estava ciente da outra identidade de Bianca.

Thales jogou o tablet sobre a mesa e disse a Rosana: “Vou te levar para o hospital.”

Vendo que ele não express ou outra reação, Rosana ficou ainda mais irritada, “Eu não vou! Melhor deixar minha perna quebrar, assim evito sair e ouvir as pessoas me

chamarem de outra.”

Thales franziu a testa, “Não seja teimosa, vamos ao hospital.”

“Eu não vou!”

Thales não discutiu com ela, simplesmente a pegou no colo e saiu.

Flavia estava sentada atrás dela, a chuva forte batendo em seu rosto, ela estendeu a mão cuidadosamente e segurou a cintura de Bianca.

Apesar do frio da chuva, as costas de Bianca eram quentes.

Ela queria agradecer a Bianca, mas não conseguia falar.

Por vinte e três anos, além de Rafael e Thales, Bianca foi a primeira a defendê–la.

Bianca ficou surpresa por um momento, olhou para a mão em sua cintura e suspirou silenciosamente. –

Essa chuva fria, mas que caía quente nas costas de Bianca, era porque Flavia estava chorando?

Aproveitando a chuva forte, ela finalmente chorou à vontade.

Bianca não voltou para a cafeteria, mas levou Flavia de volta para onde ela morava.

Sotto Majestic – era o nome da villa, também o lar conjugal de Flavia e Thales.

Chegando lá, Bianca desceu do carro, levou–a até a porta, tirou o capacete de Flavia e alisou os cabelos molhados dela.

“Vá trocar de roupa rapidamente, não vá pegar um resfriado. Se você ficar doente, aquele homem insuportável não vai ter pena de você.”

Flavia concordou com a cabeça e sinalizou: espere um momento.

Depois, ela correu para dentro de casa e voltou com um guarda–chuva na mão.

Ela entregou o guarda–chuva a Bianca.

Bianca sorriu, aceitando o guarda–chuva, “Está bem, eu aceito. Agora entre.”

Flavia não entrou, parecendo querer ver Bianca se afastar.

“Está bom.” Bianca abriu o guarda–chuva, colocou–o sobre o ombro, montou em sua moto e partiu elegantemente.

Sua voz chegou através da chuva, “Estou indo!”

Flavia observou–a se afastar, um sorriso genuíno aparecendo em seus lábios. Se Thales estivesse ali, notaria que seu sorriso era diferente do usual, era um sorriso verdadeiro.

Flavia espirrou.

Ela voltou para dentro, tomou um banho quente, tomou remédio para resfriado, mas ainda se sentia leve e com a cabeça pesada.

Flavia mediu sua temperatura, 39.5

Ela estava com febre.

Tomou um remédio para baixar a febre e dormiu um pouco na cama.

Quando Flavia acordou, viu alguém sentado ao lado da cama, mas o quarto estava tão escuro que pensou ter visto alucinações.

Esfregou os olhos e levantou–se para acender a luz.

Era Thales sentado ali, com as pernas cruzadas, vestindo uma camisa preta com o colarinho aberto e as mangas arregaçadas, exibindo um pedaço do seu braço musculoso, um relógio simples e elegante em seu pulso, destacando seu status.

Seu olhar severo estava fixo em Flavia, sem revelar muitas emoções, “Você parece ter dormido bem.”

Flavia, ajoelhada na cama, gesticulou: Desculpe, eu dormi demais. Você já comeu?

Thales não respondeu à sua pergunta, mas disse: “Não quero mais que você trabalhe naquele lugar.”

Flavia ficou um pouco surpresa e rapidamente gesticulou: Por quê?

Thales disse: “Você vai acabar sendo mal influenciada. Não permitirei que você volte lá, e vou encontrar outro emprego para você.”

Flavia sempre foi obediente, aceitando tudo o que ele dizia, mas dessa vez, ela não concordou.

Flavia: Eu gosto muito de lá, quero continuar trabalhando.

“Eu disse que você não estaria permitida a ir!” Sua tonalidade de voz subitamente se tornou fria, e até seu olhar parecia carregar lâminas de gelo. Flavia, mordeu o lábio, fixando o olhar nele.

Era a primeira vez que ela ousava encará–lo dessa maneira.

Flavia É por causa do que aconteceu na empresa?

Você ainda terh a coragem de mencionar isso? Quem permitiu que você levou a Bianca para lá?”

Flavia baixou os olhos, sem se defender, apenas obstinada em fazer sinais com as mãos: Eu preciso ir trabalhar.

“Então faça uma tentativa!”

Flavia parou de gesticular, e Thales também se levantou, virando–se para sair do quarto.

Ao chegar à porta, ele olhou para trás e disse a Flavia: “Não quero te ver novamente com aquela Bianca.”

Dizendo isso, ele saiu sem olhar para trás.

Flavia sentia uma tontura intensa, tocou a testa e percebeu que estava ardendo em febre, até sua respiração estava quente.

Ela sacudiu a cabeça, desceu da cama rapidamente, e descalça, correu para alcançá–lo, agarrando a barra da camisa de Thales na entrada da escada.

Thales parou abruptamente, virou–se para olhá–la, “O que você quer agora?”

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