Recentemente, fiquei em casa, não saía por aí sem rumo, está entendendo? cochichei para Robson.

Evandro e sua turma eram capazes de tudo para alcançar seus objetivos. A Família Macedo tinha passado por uma grande transformação, e bastava eliminar Fábio, a mim e o bebê que carregava para que Evandro tomasse posse de tudo o que pertencia ao Grupo Macedo e à Família Macedo.

Caminhávamos pela calçada, enquanto a estrada fervilhava com o tráfego constante de carros.

Ele me carregava nas costas, avançando passo a passo.

Eu já estava cansada… e acabei adormecendo em suas costas.

Sonhei, e diferentes imagens passavam pela minha mente.

Um menininho mestiço, parecido com um príncipe de conto de fadas.

Ele carregava uma menina de vestido vermelho nas costas e corria desesperadamente.

“Luna, vai ficar tudo bem, estamos quase em casa.”

Ele dizia isso enquanto corria, tentando me consolar: “Luna, acorda, não durma.”

“Luna, acorda, come alguma coisa…”

Despertei repentinamente, respirando ofegante e olhando ao redor, sem saber quando havia chegado em casa.

Robson me acalmou e insistiu para que eu comesse algo.

Olhei para Robson, massageando a testa: “Não quero comer.”

“Come um pouco.” – Robson segurava a tigela, tentando me convencer a comer um pouco.

“Eu já disse que não quero comer! Não tenho apetite!” – exclamei irritada, empurrando a mão de Robson, e a tigela de sopa se espalhou pelo chão.

Ele permaneceu sentado, em silêncio.

Irritada, levantei-me e caminhei com dor de cabeça de volta para o quarto.

Naquele momento, senti como se fosse uma ‘boneca’ mantida por um louco, e esse pensamento me aterrorizava.

Estava exausta e voltei a dormir assim que deitei na cama.

Os sintomas do início da gravidez estavam se tornando mais evidentes: sono excessivo, instabilidade emocional…

Adormeci profundamente e voltei a sonhar.

“Ele não a ama? Então vou transformá-la na mulher que ele ama e devolvê-la a ele…”

“Você vai ser como a boneca favorita dele, vou deixá-la linda.”

“Se ele a ama tanto, por que mentiu para ele? Por que o enganou? Você merece morrer…”

“Você sabe que quase o matou com sua mentira? Esqueceu dele e ficou com outro homem. Você é suja… Seu coração é sujo, seu corpo também.”

Ele me colocou em uma caixa de vidro, e sua voz soava como a de um demônio do inferno.

“Não, socorro, socorro!”

Mas parecia que eu estava presa em um sonho, incapaz de acordar.

Não sei por que, mas eu estava gritando pelo Robson.

“Luna!” – Robson estava chamando meu nome.

“Robson… Robson, me salve.”

Em meio ao pânico, senti alguém me abraçando com força, e meu corpo em luta finalmente começou a relaxar.

Quando acordei no dia seguinte, já era tarde.

“Alô?” – O celular tocou, e eu me esforcei para atender: “Reunião de colegas de classe?”

“Está bem, estarei lá no horário combinado.” – concordei.

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