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Soluços preenchiam o ambiente.

Quando Lynn entrou em casa, YiYi já estava no sofá, lendo um livro.

Normalmente, a essa hora, ele estaria no escritório.

Ao ver Lynn chegar, ele levantou ligeiramente as pálpebras, esperando que Lynn o chamasse de 'irmão' e viesse tagarelar como um passarinho sobre as histórias engraçadas com o tio.

Mas Quem diria...

Lynn não levantou a cabeça, nem mesmo olhou para a sala de estar e, como um espírito errante, subiu as escadas.

YiYi hesitou e a seguiu.

Lynn voltou para seu quarto e enfiou a cabeça no travesseiro.

YiYi ficou na porta, entrou e se sentou ao lado dela: "Você sofria bullying?"

Lynn não disse nada.

Era a primeira vez que YiYi via algo assim.

Ele estendeu a mão e a empurrou levemente: "Te maltrataram?"

Lynn se mexeu um pouco, sentou-se com os olhos inchados de tanto chorar, ainda com lágrimas nos olhos: "Irmão..."

Sua voz estava com um tom de choro forte.

YiYi entrou instantaneamente em pânico.

Com certeza ela estava sofrendo bullying.

Aquele homem que não parecia ser muito bom!

"Por que a gente não tem um pai?" Logo depois, Lynn perguntou soluçando.

YiYi ficou paralisado.

"Lynn quer um pai." Lynn fez um biquinho, e as lágrimas começaram a rolar por suas bochechas.

Quando estava Com o tio Bonito.

Era diferente de quando estava com o tio Toni e os outros.

Ela se sentia muito segura, confortável e sem medo de nada.

"Lynn, seja boazinha, fale com seu irmão, não fale com a mamãe, ela vai ficar triste." YiYi abraçou desajeitadamente sua irmã e deu um tapinha gentil em suas costas.

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Porta de entrada.

Letícia Fernandes estava parada, rígida.

"onde está o nosso pai?" Lynn perguntou chorando.

YiYi baixou os olhos, escondendo o brilho frio que surgia neles.

"Não importa Onde ele esteja, ele nos abandonou, e já que ele não nos quer, você não deveria chorar por alguém assim." Lynn não disse nada.

Chorou ainda mais.

Letícia Fernandes acabou não conseguindo abrir a porta.

Ela se despenteou e desceu as escadas.

Dulcia ainda não havia chegado em casa e estava bebendo no porão.

Letícia Fernandes empurra a porta do porão e entra, ambas assustadas uma com a outra.

"Você não foi embora?" Letícia Fernandes perguntou surpresa.

"Buscou a Lynn?" Dulcia continuou desabada no sofá, em frente à mesa de centro já vazia de uma garrafa de vinho tinto, e com outra já pela metade.

"Sim."

Letícia Fernandes se sentou em frente a ela.

"Beber tanto assim no meio do dia?"

Dulcia recostou-se no encosto do sofá e olhou para a luz de cristal no teto da adega.

"A lâmpada, eu a comprei quando Jean e eu fomos à Turquia." Dulcia murmurou: "É tão pomposo e inútil olhar para ele agora".

"E você e Jean foram para a Turquia? Quando foi isso?" Letícia Fernandes ficou um pouco assustada.

"Esqueci." Dulcia balançou a cabeça, “você ainda está preocupada que Israel Ferreira reconheça a Lynn?"

"Não..." Letícia Fernandes serviu-se de um copo, "De repente, me dei conta de que talvez não tenha dado atenção suficiente a YiYi e à Lynn, sempre pensei que eles nunca tinham pensado sobre o pai. E aí... Lynn voltou para casa chorando, e agora no quarto disse ao irmão que sentia falta do pai."

"Essa criança, já conheceram o papapai? Nem mesmo viram o papai e sentem falta do papai?" Dulcia estava um pouco bêbada e falava com um pouco de dificuldade.

Letícia Fernandes não disse nada.

Ela tomou um gole de vinho.

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