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Após fechar a porta, YiYi lentamente abriu os olhos.

Piscou algumas vezes, refletindo por um momento.

Pensou consigo mesmo que a mãe certamente havia se deparado com algum problema...

Letícia parou na porta do quarto das crianças, hesitou e, sem voltar ao seu quarto, foi até a adega.

Acabara de abrir uma garrafa de vinho quando um telefonema chegou, informando sobre a situação da família Mendoza.

Letícia desligou o telefone.

Ela estava irritada.

Para ela, lidar com aquela situação seria fácil, mas por que Israel estava se intrometendo?

O problema não era pequeno.

Aqueles que seguiam Israel certamente ficariam sabendo.

E isso incluiria Sara.

Letícia não queria ter mais nada a ver com Israel ou Sara, e muito menos reviver velhas disputas.

Mas, com a intervenção de Israel naquela noite, ela sabia que não poderia escapar.

Irritada, Letícia encheu um copo de vinho e o tomou de um gole só.

Assim que terminou, o telefone começou a vibrar insistentemente.

Era um número desconhecido.

Contudo...

Aquela sequência de números estava gravada em sua mente.

Cinco anos se passaram, e ela não havia esquecido.

Quando o toque estava prestes a terminar, Letícia atendeu.

Sua voz era distante e fria: "Quem é?"

Houve um breve silêncio do outro lado da linha: "Srta. Banes, aqui é Israel."

"Senhor Ferreira, acredito que deixei as coisas bem claras na festa hoje," Letícia respondeu sem rodeios.

"Me desculpe, eu realmente agi por impulso," a voz de Israel era sempre agradável, "A Srta. Banes realmente se parece muito com a minha falecida noiva."

Noiva?

Quando foi isso?

Esse sujeito acha que pode inventar histórias depois que alguém morre? "Então, Senhor Ferreira, já se acalmou?" perguntou Letícia.

Do outro lado da linha, veio um riso suave e resignado: "Sim, estou mais calmo."

"Que bom," respondeu Letícia.

"Srta. Banes, eu gostaria de me desculpar pelo que aconteceu esta noite e convidá-la para jantar, como um pedido de desculpas," Israel continuou.

Jantar? Ele só pode estar brincando.

"Senhor Ferreira, não se preocupe," Letícia falou com um tom neutro: "Minha empresa recentemente teve uma competição comercial com a Concha Capital. Acho melhor não nos encontrarmos pessoalmente. Agradeço sua consideração."

"Entendo..."

A voz de Israel transparecia arrependimento.

"Tenho mais o que fazer, vou desligar agora," disse Letícia, e sem esperar por uma resposta, encerrou a chamada.

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Na varanda do apartamento.

Israel estava de pé, um cigarro quase no fim preso entre seus dedos longos.

Ele soltou um suspiro profundo.

Apagou o cigarro e voltou para a sala de estar.

No sofá, sua colcha estava arrumada.

Depois de uma passada no banheiro, Israel se aconchegou no sofá, desbloqueou o celular inúmeras vezes e olhou para o novo número salvo.

Ele resistiu à tentação de ligar várias vezes. Desta vez, ele teria que ser paciente.

Atraí-la para mais perto e então agarrá-la firmemente, para que ela não tivesse para onde fugir.

Letícia, por instinto, pensou em adicionar o número de Israel à lista negra.

Mas...

"Isso não é um pouco óbvio demais??" Ela pensou sobre o estranho com quem tinha apenas um encontro casual.

Afinal, era alguém com quem ela poderia se deparar a qualquer momento no mundo dos negócios.

Qual foi o motivo de Letícia ter bloqueado ele?

Letícia decidiu simplesmente apagar o registro de chamadas.

Serviu-se de mais uma dose.

Tomou duas taças.

Letícia começava a sentir-se embriagada.

Seus dedos pressionaram com força contra a tela do celular.

Xingou: "Israel, você é um eterno insatisfeito, sempre insatisfeito com o que tem!"

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