Quando Israel finalmente estivesse satisfeito, Letícia, encontrou uma oportunidade e finalmente conseguiu empurrá-lo para longe. Israel tropeçou alguns passos até se firmar e, em seguida, lançou um olhar para seu polegar, que sangrava bastante.

"Você nem teve coragem de morder até o fim, ainda me ama." Israel levantou os olhos para Letícia, com uma atitude descontrolada.

Letícia o encarou.

Um arrepio subiu pela sua espinha.

"Israel, eu nunca quis entre em conflito com você." disse Letícia, com nojo, limpando os lábios com força. O cheiro de sangue ainda estava em sua boca.

Era extremamente desconfortável.

Israel a olhava sombriamente.

"Foi você quem me forçou." Letícia disse sombriamente: "A partir de agora, eu e você, a Concha Capital e a família Banes, seremos inimigos."

"Que seja!"

Israel respondeu sem hesitar.

"Estou curioso para ver como a sua querida Leira, que esperava uma velhice tranquila, terá seus dias perturbados por mim!" Israel fixou o olhar em Letícia: “Tisha, como já disse, exceto por você, nada mais importa para mim. Quem quer que tente me impedir de te trazer de volta, vou lutar até o fim."

"Israel Ferreira!"

Fazia tempo que Letícia não era ameaçada por Israel.

Ele realmente sabia, como sempre, como atingi-la onde mais doía.

Leira estava avançada em idade, e nos últimos anos já estava com dificuldades para cuidar dos assuntos da família Banes. Se ela tivesse que entrar em conflito com Israel por causa de Letícia...

Letícia não podia suportar essa ideia.

"Se você se importa com ela, então traga a menina de volta, eu a tratarei como se fosse minha." Israel deu dois passos em direção a Letícia.

Letícia imediatamente recuou, em guarda.

Israel sentiu uma dor aguda no peito.

Ele não queria isso.

Não queria que ela o odiasse ou temesse.

Mas ele tinha mais medo de viver sem ela. Não queria mais passar um dia sequer como nos últimos cinco anos, sofrendo com cada respiração dolorosa. Ele queria levar sua amada de volta para casa.

Para a casa deles....

Para isso, ele estava disposto a sacrificar tudo, perdoar o abandono, a traição, e proteger e amar a filha dela.

Desde que...

Ela voltasse.

"Eu não deixarei uma criança crescer sob a sombra de um pai tão sombrio e mesquinho." Letícia falou com convicção: "Israel, um espelho quebrado não pode ser consertado. Se você ousar machucar minha família ou meus amigos novamente..."

Letícia encarou Israel.

E então, palavra por palavra, disse.

"Eu vou acabar com você."

Israel sentiu um intenso tremor em seu olhar.

Naquele ano.Books Chapters Are Daily Updated Join & Stay Updated for All Books Updates...

Cindia Riscas, ao saber que ele não era seu filho, também disse algo parecido.

"Israel Ferreira, você monstro, eu vou acabar com você! Com certeza!", ela disse com veemência.

Havia muitas pessoas neste mundo que queriam matá-lo.

Mas...

O nome de Letícia nunca esteve entre eles.

Agora ela dizia.

Que iria matá-lo.

"Você realmente quer que eu morra?"

Israel foi se aproximando de Letícia. Letícia franziu a testa, recuando a cada passo que dava.

Israel recuou até não poder mais, chegando ao aparador onde se oferecia comida aos santos. Ele estava encurralado.

Com o olhar fixo e desesperado, Israel avançou, estendeu a mão e agarrou a faca de cortar frutas em cima da mesa, agarrando

a mão de Letícia, tentando forçá-la a segurar a lâmina: "Então você pode me atacar agora. Assim, você não precisará se preocupar com seus entes queridos sofrendo por minha culpa."

Seus olhos estavam vermelhos, e seu rosto pálido.

Parecia mais frágil e desamparado do que nunca, além de desesperado.

A dor apertou o peito de Letícia, uma dor que ela não conseguia conter.

Israel nunca tinha sido assim.

Ele sempre teve seu orgulho.

Como ele poderia estar tão frágil e desesperado?

"Chega, se você quer morrer, resolva isso sozinho em algum lugar onde não haja ninguém”, Letícia desviou o olhar, com uma expressão tensa.

Mas seu tom já não era tão duro quanto antes.

Um silêncio se instalou.

A faca caiu no chão com um som metálico.

Israel abraçou Letícia, escondendo o rosto em seu pescoço.

Lágrimas quentes caíram sobre sua pele branca como a neve, e Letícia ficou paralisada.

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