Capítulo 4
Uma moça de dezasseis anos que ainda não se desenvolveu completamente, o que ela poderia entender sobre o amor e a paixão?
Ademais, quando Sérgio Pereira a acolheu, foi mais por compaixão do que qualquer outra colsa; ele devia um grande favor à família Silveira e isso serviu como sua retribuição.-
No final das contas, Letícia Silveira não poderia se comparar a Helena Rocha.
“Não precisa ficar perdida em pensamentos, eu vou te levar para casa agora.”
Nos olhos de Helena Rocha, havia uma mistura de tristeza e súplica. “E o nosso casamento? Sérgio, agora que você voltou, você sabe, eu estive esperando você dizer aquelas três palavras para mim.”
“Todos estão falando do nosso noivado, só nós sabemos que não é verdade, mas eu realmente espero que se torne realidade.”
“Eu te esperei por mais de uma década, você ainda se lembra, você prometeu que me faria feliz?”
Helena Rocha se aproximou e segurou o rosto de Sérgio Pereira com suas mãos, fazendo–o olhar em seus olhos com profundidade e começou a falar com uma voz suave: “Sérgio, eu nunca me importei com a existência de Letícia, inclusive… os sentimentos dela por você. Depois que casarmos… vou a tratar como uma irmã, cuidaremos dela juntos. Eu até permitiria que ela viesse morar connosco na nova casa!”
*Já são treze anos, Sérgio, eu realmente não quero esperar mais.”
Sérgio Pereira olhou para a mulher à frente as palavras encheram seus olhos de uma tristeza profunda.
“Está bem…”
Essa foi a resposta que Sérgio Pereira deu para ela.
Ao acordar no dia seguinte,
Letícia Silveira já estava com o soro pendurado e a febre havia cedido.
Ela mesma cuidou da alta hospitalar.
Mas ao voltar para casa, ainda sentia uma leve tontura.
Letícia Silveira vivia em um edificio velho e decadente numa área prestes a ser demolida, um lugar pobre e desorganizado, habitado por uma mistura de gente de todas as espécies, uma zona sem lei.
Letícia Silveira só vivia lá porque o aluguel era o mais barato que podia encontrar.
Na verdade, Leticia Silveira sabia que era um peso para ele; sem ela, Sérgio Pereira não teria tantas preocupações…
E não aconteceriam tantas outras coisas depois.
Leticia Silveira voltou do hospital por conta própria e enviou uma mensagem para Sérgio Pereira; ela não sabia se ele havia visto.
Mas… Sérgio Pereira sempre conferia o celular, mesmo ocupado, e nunca deixava de ver
suas mensagens.
A identidade de Sérgio Pereira era complexa; ele era o herdeiro legítimo do Grupo Abundância Verde–Amarela, da família Pereira, influente do Distrito Federal.
Letícia Silveira não sabia quando Sérgio Pereira havia voltado para a familia Pereira.
Sérgio Pereira não o contou, preferindo manter ela segura ali. Letícia Silveira tinha consciência de que Sérgio Pereira estava protegendo–a, e além das pessoas de confiança de Sérgio Pereira, poucos sabiam da existência.
Ela não poderia se envolver nas disputas das famílias aristocráticas; se descobrissem sobre ela, alguém poderia a usar contra Sérgio Pereira.
Sérgio Pereira estava sempre ocupado e raramente a visitava.
Letícia Silveira entrou em seu quarto e adormeceu.
Mas seu sono não foi tranquilo.
Ela sonhou com tudo o que aconteceu em na vida passada dela….
Ela sonhava com um porão escuro como breu, acorrentada, vivendo dia após dia como um animal, tornando–se num brinquedo à mercè daquele homem.
Ela estava aterrorizada. Nesta vida, jamais ousaria contrariar Sérgio Pereira novamente.
Se ela não tivesse errado nas manobras contra Helena Rocha, Sérgio Pereira não a terial entregado a outros homens.
Ela também não teria acabado sofrendo torturas até a morte.
Nesta vida… ela não iria mais suplicar. Quando chegasse à maioridade, no dia em que tivesse capacidade, ela iria deixá–lo.
Para viver a vida que a pertencia.
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