Capítulo 7
No terceiro dia depois da partida dele, Leticia Silveira já havia se adaptado novamente à
vida escolar.
A escola de ensino médio de Leticia Silveira era a Escola Superior D. Pedro.
Ela pegava o ônibus e descia cinco paradas depois.
Leticia Silveira comprou o café da manhã e embarcou no primeiro ônibus do dia, observando as ruas familiares, porém estranhas, sentindo como se tivesse renascido, como se tudo não passasse de um sonho.
As telas dos arranha–céus exibiam notícias sobre o casamento arranjado entre as familias poderosas de Distrito Federal, os Pereira e a herdeira dos Rocha, Helena Rocha.
Na frente das câmeras, a elegante Helena Rocha, segurando no braço de Sérgio Pereira, sorria enquanto respondia às perguntas dos repórteres: “Sim, vamos nos noivar em breve.”
“Na próxima semana.”
Repórter: “Parabéns, Sra. Pereira, e felicidades no casamento.”
Helena Rocha sorriu com delicadeza: “Obrigada.”
A câmera focou no anel que Helena Rocha usava, e o rosto dela irradiava felicidade.
O homem ao seu lado, vestido em um terno de couro elegante, tinha um ar austero e distante, e seus olhos profundos emanavam uma frieza intensa. Sérgio Pereira era um homem muito atraente, Leticia Silveira podia afirmar que nunca tinha visto alguém mais bonito que ele.
Mas a mulher ao seu lado, independente da aparência de Helena Rocha, tinha uma aura que se complementava perfeitamente com a dele.
Para os observadores, eles eram o par perfeito.
“Sérgio Pereira, dessa vez eu não serei um fardo para você. E não vou mais interferir na sua vida.”
Repórter: “Então, em breve você será chamada de Sra. Pereira?*
Helena Rocha respondeu timidamente, corando um pouco, mas logo Sérgio Pereira trouxe a conversa de volta ao assunto, falando sobre os planos futuros para o Grupo Abundância Verde–Amarela.
Parecia que Sérgio Pereira estava destinado a esse tipo de vida, ele era o favorito dos céus, ao seu lado estava a esposa de infância, e ela… não passava de uma estranha que havia entrado em nas vidas mais tarde.
Sérgio Pereira, nesta vida, eu lhe desejo felicidade com Helena Rocha, que vocês tenham uma vida plena e envelheçam juntos.
Leticia Silveira estava na sala de aula no 6 da Escola Superior D. Pedro, no Distrito Federal.
Sentada no ônibus, ela voltou para a sala de aula no segundo andar, bem a tempo do estudo autônomo pela manhã.
Leticia Silveira tinha um desempenho acadêmico razoável.
O conhecimento de sua vida passada ainda não havia sido completamente esquecido, e ela conseguia acompanhar a aula de matemática daquela manhã.
“Letícia, ouvi dizer que você tinha faltado, onde você foi?“, perguntou Márcia, sua colega de carteira.
Letícia Silveira olhou para o curativo no pulso, onde havia removido os pontos dois dias antes, e que agora estava quase curado.
Ela inventou uma desculpa casual: “Nada demais, só peguei uma febre.”
“Ah, tá! Você está melhor agora?”
“Sim.”
Márcia: “Ah, e ouvi que Marcos Rodrigues se declarou para você, é verdade? Você
aceitou?”
Letícia Silveira, que estava tomando notas, hesitou por um momento.
Marcos Rodrigues, esse nome, como ela poderia esquecer?
O grande rival de Sérgio Pereira, futuro magnata da internet, um jovem de origem humilde que se tornou empresário e, mais tarde, acumulou um patrimônio de bilhões, a única pessoa capaz de se igualar a Sérgio Pereira.
Na vida passada, Letícia Silveira sabia que Marcos Rodrigues era apaixonado por ela. Aproveitando desse sentimento, ela usou Marcos para prejudicar Helena Rocha, causando um acidente de carro que afetou gravemente Helena.
Quando Sérgio Pereira descobriu o que aconteceu, ficou furioso. Ele desmascarou Marcos Rodrigues, que não tinha apoio ou influência alguma.
Marcos foi preso sob a acusação de lesão corporal intencional.
E assim, a Techinovação Ltda., empresa que ele havia fundado, faliu da noite para o dia.
Naquela vida passada… a pessoa a quem Letícia mais havia feito mal era justamente Marcos Rodrigues.
Ao pensar nele, uma dor aguda atravessou o coração de Leticia Silveira.
Com esforço, contendo o mal–estar, ela disse: “Meu irmão não quer que eu tenha um namoro precoce. Além disso, sou jovem ainda, e no momento, só quero focar nos meus estudos.”
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