Caminho Traçado: Meu bebê é filho do CEO by Célia Oliveira -
Caminho Traçado Meu bebê é filho do CEO by Célia Oliveira Capítulo 4
Capítulo 0004
Depois da conversa que teve com Ethan, os dois não tocaram mais naquele assunto e tudo parecia que estava apenas fluindo. Já havia duas semanas que ela estava trabalhando como secretária dele e nesse tempo, só teve que vê-lo três vezes, se irritando em cada uma delas.
O telefone de sua mesa começou a tocar e ela atendeu educadamente.
— Oi, Rafa, sou eu, Kate, só passei para te lembrar, que amanhã cedo você fará alguns exames para a mudança de contrato.
— Tudo bem, mas por que resolveu me avisar agora, se podíamos nos ver após o trabalho?
— Eu não irei para casa hoje, aquele médico lindo com quem saí aquele dia, disse que virá me buscar para jantar, então não espere tão cedo por mim.
— Que inveja, amiga… — disse com voz melancólica. — Tudo que eu queria era que alguém me chamasse e me levasse para jantar.
— Não seja tão pessimista, você vai encontrar o amor de sua vida logo, logo.
— Cheguei a conclusão que não tenho sorte para isso.
— Não desista — disse Kate, animada. — Agora preciso desligar, tenho que terminar algumas coisas antes de ir.
Quando Kate desligou o telefone, Rafaela suspirou, mesmo que estivesse feliz pela amiga, estava triste por sua vida amorosa não andar para a frente de modo algum. Às vezes, ela se lembrava de Tácio e do que ele disse quando os dois se viram pela última vez.
“Isso não é um adeus” — foi o que ele disse, mesmo assim, nunca a procurou.
Já estava fazendo quase dois anos que ela estava morando nos Estados Unidos e ele nunca a havia enviado sequer uma mensagem.
— Você escutou o que eu disse? — A voz de Ethan estrondou em seus ouvidos.
— O quê? — perguntou confusa, não havia percebido sua presença.
— Eu disse que amanhã pela manhã terei uma reunião com a nova construtora, preciso que me passe a relação de todos os contratos que temos com eles.
— Tudo bem, irei enviar para o senhor pelo e-mail.
— Não precisa, amanhã cedo você me dá um pequeno resumo — ele disse, entrando de novo em sua sala.
— Senhor! — o chamou.
— O que quer?
— Amanhã pela manhã farei os exames a pedido da empresa, por isso chegarei mais tarde.
— Então me faça um resumo agora — entrou no escritório e bateu a porta.
Faltava apenas 15 minutos para o seu horário de saída e ela sentia uma fome imensa, mesmo assim, pegou os papéis importantes que precisava e levou até a sala do seu chefe.
— Aqui está. — Ele analisava os papéis bem sério, enquanto ela não podia deixar de notar, o quanto aquele homem era lindo.
— Algo insignificante — disse Ethan.
— O que disse, senhor?
— Você disse que foi insignificante — ele repetiu.
— Mas eu não disse nada. — Respondeu sem entender do que se tratava.
— Eu não queria, mas acabei pensado no que você disse, sobre a noite que passamos juntos.
Por que ele está voltando com esse assunto? — se perguntou em pensamento.
— O que o senhor quer, relembrando disso? — perguntou, sem mostrar nervosismo na voz.
— Porque o jeito que me falou, realmente me deixou reflexivo. Nenhuma mulher teve coragem de me dizer que passar uma noite comigo foi insignificante.
— Isso parece ter abalado o senhor — disse provocando.
— Claro que não! — respondeu depressa, mas a sua expressão dizia outra coisa.
— Eu nunca tive a intenção de ofendê-lo — ela continuou.
— Fique sabendo, que muitas mulheres fariam qualquer coisa para passar uma noite comigo.
Com essa frase, sentiu que, realmente, Ethan havia levado aquilo para o lado pessoal, pois parecia furioso.
— Que bom que o senhor é muito disputado, isso significa que não irá ligar para o que uma pessoa como eu, pensa. — Não queria prolongar aquela conversa, pois tudo que desejava naquele momento era ir para casa e comer alguma coisa.
— Claro que não me importo — se levantou de sua cadeira. — Você nem é o tipo de mulher com quem costumo me relacionar, então não ache que a sua opinião importe.
— Mas eu não acho — respondeu.
Por mais que Ethan tenha lhe dito aquilo de um jeito desdenhoso, ela não se abalou, afinal, em relação a sua aparência, Rafa não se sentia insegura. Ela era uma mulher de 1 metro e sessenta e cinco, cabelos pretos, longos e lisos. Seu nariz era fino e seus olhos de tom esverdeado. Ethan poderia dizer que ela não fazia o seu tipo, mas jamais poderia lhe chamar de feia.
— Eu só saí com você, porque achei que você merecia aprender uma lição, sobre não sair falando mal, de quem paga o seu salário.
— Sim, eu sei, o senhor já me disse — respondeu calmamente.
Ethan sentiu que suas palavras não estavam fazendo o efeito que tanto esperava. Ele queria que Rafaela ficasse nervosa, ofendida, mas não, ela não parecia nem se importar com o que ele falava, ao contrário, parecia estar zombando dele.
— Então não tente se gabar por aí, só porque ficou com o diretor da empresa — continuou.
— Mas eu nunca me gabei — disse, sabendo que Kate jamais confidenciaria aquilo a outra pessoa. — Ao contrário, isso seria vergonhoso para mim.
— Vergonhoso? — ele perguntou, arqueando uma de suas sobrancelhas.
— Sim, uma mera funcionária como eu, ficar com um homem tão importante como o senhor, seria muito vergonhoso. Todos diriam que andei me insinuando para o senhor.
— Isso mesmo! — ele disse.
— Isso mesmo — repetiu calmamente. — Não se preocupe senhor, eu não causaria esse tipo de transtorno na empresa, como disse, se o senhor não tivesse tocado no assunto, eu jamais tocaria.
Vendo que Rafaela não parecia ofendida, pediu que ela se retirasse dali.
— Pode ir agora, preciso analisar esses papéis antes de ir. Tenho um encontro com uma mulher importante essa noite. — Rafa apenas assentiu e saiu dali, deixando Ethan nervoso.
Ao sair da sala do patrão, percebeu que suas mãos estavam tremendo e que uma vontade enorme de chorar havia lhe possuído.
— Por que ele precisou repetir novamente essas coisas? — se perguntava nervosa.
[…]
No outro dia, foi para o hospital, no qual a empresa tinha um convênio e fez todos os exames necessários para a sua nova função. Ao contrário do que esperava, não demorou e logo pôde voltar ao trabalho.
O dia passou rápido, e bem de tardinha, foi tirar algumas cópias de alguns documentos, mas acabou se encontrando com Kate, que saía do elevador.
— O que faz aqui? — Perguntou surpresa, já que Kate trabalhava longe daquele andar.
— Amiga, eu precisava te ver pessoalmente — disse Kate, com um semblante preocupado.
— Aconteceu algo sério? — perguntou Rafaela.
— Alguns dos seus exames chagaram… — ela respondeu.
— O que houve?
— Rafaela, eu nem sei como te dizer isso. — tocou o ombro da amiga. — Você está grávida. — Os olhos de Rafaela se esbugalharam, com aquela fala. Kate era uma grande brincalhona, mas naquele momento, ela não parecia estar brincando com alguma coisa.
Não podia acreditar numa coisa daquelas, o único homem com quem se relacionou foi Ethan e eles se protegeram. Mesmo que não existisse nenhum método contraceptivo seguro, seria muito asar, se ela estivesse esperando um filho, de alguém que, além de não ter nenhum vínculo amoroso, ainda não gostava de crianças.
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