Capítulo 27
Sérgio Pereira deixou de lado o que tinha pra fazer e, pegando o celular, caminhou até a Janela. Ele atendeu a ligação.
Helena Rocha, completamente ignorada, observava ele, sentindo uma sombra de tristeza em seu rosto. Ela esperou pacientemente que ele terminasse a ligação.
…Entendi, estarei lá na hora marcada.”
Disse poucas palavras e desligou.
Helena Rocha perguntou: “Ouvi que era uma ligação da escola, aconteceu alguma coisal com a Letícia?”
Sérgio Pereira, com uma expressão séria e as sobrancelhas franzidas, não parecia contente. Ele guardou o celular no bolso do paletó e disse: “Na última avaliação, Leticia ficou entre no último lugar. Em pouco mais de vinte dias ela tem exames simulado. Depois do teste, e quando as notas saírem, haverá uma reunião de pais e encarregados de educação.”
Sérgio Pereira era o único responsável por Letícia Silveira.
“Último lugar? Eu tinha a impressão de que as notas de Letícia não eram tão baixas. Será que algo aconteceu na escola?” Helena Rocha expressou sua preocupação. “Que tal se eu for
å reunião de pais no seu lugar? Se não me engano, você terá uma viagem de negócios na Cidade do Rio daqui a duas semanas. Melhor não atrasar seul compromisso. De qualquer forma, eu sou a cunhada de Letícia.”
Depois de pensar um pouco, Sérgio Pereira concordou com um aceno de cabeça: “Pode
ser.
“Ah, e quanto ao jantar de familia hoje, você não vai?” perguntou Helena.
Sérgio Pereira respondeu sem interesse: “Sem tempo.”
Depois de jantar e terminar a lição de casa, já eram por volta das oito e meia, Leticia Silveira saiu do centro comercial da universidade e, de repente, espirrou várias vezes.
Marcos Rodrigues, que acompanhava ela, olhou para ela preocupado. “Está resfriada?”
Letícia Silveira balançou a cabeça. “Não, por algum motivo, desde que sai do shopping. sinto minha pálpebra tremendo.”
“É só um nervosismo, não se preocupe. Termine a lição e revise bem o que conversamos hoje. Anote tudo, que amanhã eu vou checar“, disse ele. Quando o ônibus número dezessete chegou e abriu as portas, Marcos Rodrigues entregou ela mochila.
Leticia Silveira, parada no primeiro degrau do ônibus, olhou para trás e perguntou: “Você não vem comigo?”
Tenho que trabalhar mais tarde. Vai na frente, respondeu Marcos Rodrigues,
Certo, quando chegar, te mando uma mensagem.”
Marcos Rodrigues assentiu.
Leticia Silveira pagou a passagem e sentou no seu lugar habitual.
Cerca de meia hora depois, Letícia, lutando contra o sono, desceu no seu ponto e, ao chegar em seu apartamento, viu uma caixa de doces na mesa da sala.
Leticia Silveira caminhou até lá, curiosa. Quem teria enviado?
Se ela não estivesse enganada, não era aquele o doce que Helena Rochacomprou para o irmão?
Como foi parar ali?
As únicas pessoas que sabiam onde ela morava eram Sérgio Pereira, ou talvez foi Luan que trouxe. Seria obra do irmão?
Letícia abriu a caixa e viu que, de fato, era bolo de castanha. Era doce demais para o seu
gosto.
Ela decidiu guardá–lo na geladeira e levar para Marcos Rodrigues no dia seguinte.
Letícia enviou uma mensagem para Marcos Rodrigues: “Cheguei em casa, Quanto tempo ainda vai demorar?”
e você?
A resposta de Marcos veio rapidamente: “Vá estudar, qualquer dúvida te explico amanhã.” “Ok“, ela respondeu.
Em um restaurante que vendia churrasco a noite, Marcos Rodrigues vestido com um uniforme de cozinheiro branco, despejava o balde de água suja no lixo.
Ao terminar de responder às mensagens, não demorou muito para que Marcos Rodrigues recebesse uma ligação da casa do patrão.
Do outro lado da linha, a voz soou: “Fiquei sabendo que você se demitiu do cargo de tutor da minha esposa. Você realmente não reconsideraria a decisão de continuar? Se for uma questão de salário, podemos negociar novamente. Rúcia disse que você é um excelente tutor; graças às suas aulas particulares, o desempenho dela melhorou bastante.”
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